sábado, 17 de setembro de 2011

O concerto faz parte do projeto ‘Orquestra na Estrada’ e aconteceu na pequena Paróquia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

Cada vez mais cidades sergipanas estão tendo a satisfação de conhecer e apreciar o trabalho da Orquestra Sinfônica de Sergipe (Orsse), instituição gerenciada pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult). Na noite de sexta-feira, 9, foi a vez do município de Tomar do Geru, localizado a 131 quilômetros da capital, receber o grupo.

O concerto faz parte do projeto ‘Orquestra na Estrada’ e aconteceu na pequena Paróquia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, um prédio tombado como Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, construído em 1688. Com uma apresentação marcada por peças do período clássico e barroco, o concerto lotou o pequeno templo e emocionou a população da cidade.

O regente titular e diretor artístico da Orsse, maestro Guilherme Mannis, explica que a série Orquestra na Estrada é uma iniciativa que visa popularizar a música clássica pelos municípios do Estado, aumentando assim os adeptos a esta vertente cultural. “É sempre importante trazer a orquestra para músicos que ela nunca atuou e hoje aqui em Tomar do Geru esta apresentação tem um significado ainda maior, pois ocorre em um sítio histórico que é esta bela igreja”, completou.

Quem comandou o concerto da noite, assim como as edições anteriores da série, foi o maestro assistente Daniel Nery. Para ele os concertos no interior desvinculam a orquestra da visão do teatro. “Além disso, participamos de importantes festividades dos municípios como no caso de Tomar do Geru, que estamos saudando o aniversário da paróquia e também da padroeira da cidade. Por tudo isso, percebemos que a Orquestra de Sergipe é uma orquestra do povo e para o povo”, disse.

Boa aceitação



Mais uma vez o público do interior sergipano mostrou que tem orgulho e que faz questão de prestigiar o trabalho da ORSSE por onde quer que ela vá. A primeira-dama do município de Tomar do Geru, Lúcia Santana, destacou na ocasião, que foi um grande prazer receber o grupo que é referência na música clássica no país. “Este é um evento único no município e que foi muito aguardado por nossa população. Estamos muito felizes em receber esta maravilhosa orquestra na nossa pequena cidade”, ressaltou.

Para o pároco da igreja, Paulo André das Neves, o concerto é ainda mais significativo por ocorrer em um local que é patrimônio histórico nacional. “Nada mais valioso e belo do que trazer a música clássica para um local como este. Acho muito válida as apresentações e para nós de Tomar do Geru, é uma satisfação muito grande termos sido escolhidos pela Orquestra para receber este concerto”, considerou o padre.

O público era um capítulo a parte na apresentação. Muitas das pessoas assistiram de pé o concerto e aplaudiam incessantemente ao fim de cada peça. A aposentada Miraldina Sousa, de 71 anos, por exemplo, estava encantada com o concerto. “Já havia visto uma vez a apresentação desta orquestra e estou ainda mais maravilhada em estar vendo aqui na minha cidade”, observou.

Já a professora Rosinalva Reis, de 38 anos, parabenizou o grupo pela ida até a cidade, e acrescentou que iniciativas como estas devem ser ainda mais constantes para as pessoas que moram no interior. “Gosto de muito de música clássica e quando soube que iria haver orquestra aqui em Tomar do Geru fiquei muito feliz e ansiosa. Acredito que grupos assim devem se espalhar pelos municípios para aproximar toda a população do nosso Estado da nossa cultura”, complementou.

Músicas que emocionam
As peças executadas pela ORSSE deram uma pequena mostra do talento e do profissionalismo em que o grupo se encontra. Entre as peças entoadas por instrumentos como violinos, violas, trompetes e fagotes, estava a ‘Suíte da Música Aquática’, do alemão George Frederich Haendel. A delicadeza da Sinfonia n. 29 e do Andante para Flauta e orquestra, de Wolfgang Amadeus Mozart também marcaram presença no concerto e emocionaram muitas pessoas que estavam ali. Para fechar a noite com chave de ouro, o baião no clássico Mourão, de Cesar Guerra Peixe, deram um tom brasileiro ao final da apresentação.

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