quarta-feira, 16 de maio de 2012

Notícia boa para os geruenses

Overland Amaral, meteorologista de Sergipe (Foto: Flávio Antunes/G1 SE)
Overland Amaral, meteorologista de Sergipe
(Foto: Flávio Antunes/G1 SE)
Após quase oito meses de uma situação extrema de estiagem, a desolação e angústia do sergipano, especialmente a do sertanejo, começam a ser minimizadas. É que segundo previsão do Centro de Meteorologia da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Cemese/Semarh), as primeiras chuvas que caíram nessa terça-feira (15), em quase todo o estado, sinalizam para uma regeneração do clima.


A previsão dá conta de que, nos próximos dias, teremos maior freqüência de chuvas, mas serão chuvas finas, por enquanto. “O que teremos é a incidência dessa ocorrência climática que vai do litoral sul e, de forma decrescente, sobe para o sertão. As primeiras águas de maio, mês tradicionalmente mais chuvoso no estado, resultam do aquecimento das águas do oceano atlântico, da redução da pressão atmosférica no nordeste do país, da incursão de frentes frias vindas do sul do continente americano e do encontro da massa fria com a seca provocando nebulosidade e precipitação. O fenômeno El Niño, quase sempre responsável por parte de nossa instabilidade climática, começa a adormecer”, afirma o meteorologista da Semarh, Overland Amaral.

Overland acredita na possibilidade de normalização da incidência de chuvas. “Dependendo da região, em função de fatores como altitude e oferta de umidade, por exemplo, deve chover entre 5 a 10 milímetros. É o que se prevê, para o dia 17, para cidades como Cristinápolis, Tobias Barreto e Tomar do Geru”.

Na Grande Aracaju, ainda segundo o Centro de Meteorologia da Semarh, haverá um aumento das chuvas no dia 19, podendo chegar a 20 milímetros, especialmente entre o meio-dia e às 14hs. Já no dia 20, as chuvas devem se intensificar na região sul do estado e agreste central, com nível também em torno de 20 mm. (...)
A acentuada seca que se abateu sobre o estado nos últimos oito meses, especialmente no semi-árido e alto sertão - em cidades como Canindé, Poço Redondo, Simão Dias ou Pedra Mole - é considerada a maior das últimas décadas, somente comparada a seca de 1970, mesmo assim, a desse ano, foi ainda mais duradora o que exigiu diligência do governo do estado, durante todo esse tempo, e um conjunto de ações integradas, como a distribuição de alimento e água.
“Situação da seca no estado de Sergipe seria agravada não tivesse uma ação do governo do estado em responder com ações estruturantes em recursos hídricos, como a melhoria da adutora do São Francisco-Aracaju; a construção da barragem da Deso na Bacia do rio Poxim, assim como a construção da Adutora do Semi-Árido e a recuperação e automação da adutora do Alto Sertão Sertanejo”, afirma o secretário de meio ambiente e recursos hídricos do estado, Genival Nunes.
FONTE: G1-Sergipe

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