quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Inclusão oferece cursos profissionalizantes a trabalhadores de pedreiras de Tomar do Geru

O encontro teve o objetivo de levantar as demandas de qualificação profissional dos trabalhadores para complementar sua renda familiar
Técnicos da Secretaria de Estado da Inclusão, Assistência e do Desenvolvimento Social (Seides) realizaram nesta terça-feira, 4, uma reunião com os trabalhadores das pedreiras do município Tomar do Geru, que estão com as atividades paralisadas. O encontro teve o objetivo de levantar as demandas de qualificação profissional dos trabalhadores para complementar sua renda familiar.

De acordo com a assistente social da Seides, Kátia Ferreira, o foco da proposta é qualificar as companheiras dos trabalhadores das pedreiras. “Dessa forma, pensamos em oportunizar a autonomia dessas mulheres, aliada à geração de emprego e renda. Porém, não vamos excluir a possibilidade de trazer cursos para os homens também. A Seides, através de convênio com o Senac, oferece dezenas de cursos de qualificação profissional dentro do programa 'Novos Rumos' à população de baixa renda”.

A Seides está realizando o cadastro individual dos trabalhadores e, em cada ficha, eles podem optar pelo curso que pretendem fazer. "O nosso levantamento será baseado nas opções escolhidas por eles e, na sequência, o Departamento de Renda e Cidadania [DRC] da Seides fará um análise técnica sobre os
cursos que serão ofertados aos trabalhadores”.

Na ocasião, a nutricionista da Seides, Jamile Costa, destacou os principais projetos do departamento de Segurança Alimentar Nutricional executados em Tomar do Geru, o coordenador estadual do Cadastro Único, Carlos Ferreira, esclareceu dúvidas sobre a nova formatação do Bolsa Família e o técnico do DRC, Melquíades Freitas, relatou os principais cursos de qualificação profissional ofertados pela secretaria.

Mudança

A representante dos trabalhadores das pedreiras, Adriane Garcia, agradeceu a oportunidade, e destacou para os colegas a importância da qualificação profissional. “Temos que aproveitar essa oportunidade que estão dando a gente. Eu não quero ficar a vida todo quebrando pedra e fazendo faxina na casa dos outros. Quero ter uma profissão, crescer na vida. Vou ser a primeira a fazer o meu cadastro e a dizer a aula que pretendo ter”, destacou, com emoção.

A assistente social de Tomar do Geru, Mônica Santos, que representou a secretária de Assistência Social, Maria Lúcia Santana, ressaltou que os cursos serão fundamentais para melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores. “Essas atividades complementares serão muito bem-vindas, pois irão aumentar a autoestima e autonomia financeira dos trabalhadores”.

Cestas

Além dos cursos profissionalizantes que serão oferecidos, a Seides realiza a entrega de 350 cestas de alimentos durante três meses aos trabalhadores que estão em estado de insegurança alimentar por conta da falta de emprego. No próximo dia 20 será realizada a terceira e última entrega de cestas.

Interdição

O Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) interditou e paralisou as atividades de lavra mineral, de responsabilidade da Cooperativa dos Trabalhadores em Extração, Beneficiamento e Comercialização de Rocha de Tomar do Geru. Segundo o auto de interdição emitido no dia 20 de julho pelo DNPM, a Cooperativa descumpriu as determinações do órgão por realizar a lavra com risco iminente e sem licença ambiental vigente.

Após a interdição, a prefeitura municipal solicitou auxílio emergencial ao Governo do Estado para prestar assistência às famílias que estão desempregadas. Das 24 áreas de pedreiras que estavam impedidas de funcionar, cinco já foram regularizadas.

Também nesta quarta-feira, representantes da Delegacia Regional do Trabalho, do Ministério Público do Trabalho e do Sindicato dos Mineiros de Sergipe, realizaram uma reunião com os trabalhadores das pedreiras e explicaram o funcionamento cooperativismo, modalidade de cultura socioeconômica escolhida por eles para regimento de suas atividades laborais.

O auditor do trabalho, José Prata Góis, destacou que os trabalhadores não podem continuar na informalidade. “Os trabalhadores tinham duas opções: trabalhar como cooperativados ou com carteira assinada. Eles escolheram a primeira opção e agora precisam entender o que a lei diz sobre as cooperativas. A liberação das áreas só será feita depois que todas as irregularidades forem sanadas”. 




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